quinta-feira, 28 de abril de 2011

A garota frágil e seu coração triste...



A noite está tão fria,
Tudo o que eu queria era que você me desse um pouco de sua atenção
Você está tão frio
Me diga o que foi que eu fiz, por favor!

Eu sei o quanto meus problemas são chatos,
Mas se não os quer ouvir me fale,
Assim não os contarei mais a você
Não irei te perturbar mais com as mesmas chatices de sempre...

Tudo o que eu queria era alguém que me ouvisse
E não alguém que apenas diz: "hum"
Estou cansada, triste e sempre sozinha
Será que é tão difícil parar um pouco para me ouvir?

Quem mais deveria me compreender,
As vezes me vira as costas...
Me sinto tão mal quando você age desta forma
Por que você está tão frio?

Eu só queria que você além de tudo, fosse meu amigo
Mas parece que as vezes você só quer me usar
É tão ruim esse meu pensamento...
Você não imagina o quanto me machuca pensar desta forma

Eu sei que estou sendo precipitada em minhas conclusões
Sei que nada disso é verdade,
Eu sei que você se preocupa comigo
Mas me desculpe, hoje me sinto muito sozinha e triste...

Sou tão frágil, embora você ainda não tenha notado
Eu só preciso de amor e carinho
Por favor, não entristeça mais meu pobre coração
E não me quebre novamente... Mais uma vez em pedaços...


By Bruna

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Miséria



Essas lembranças me assombram
E me envergonham
Eu não queria carregar todo esse peso sozinha
Não foi minha culpa, mas eles me cobram por aquilo que outros fizeram

Eu vivo em um mundo sujo
Marcado por corrupções
Sangue inocente que é derramado a todo instante
Um mundo de desigualdades

Detesto tudo o que me envolve
Por que tudo cheira a sujeira e podridão
Detesto tudo o que me tornei
Por que eu faço parte dessa sociedade que é capitalista e hipócrita!

Me enoja tudo o que vejo diariamente nas ruas
Pobreza e miséria por todos os lados
Nas grandes capitais
É onde elas mais se destacam

Crianças sendo abandonadas e maltratadas a todo instante
Pessoas passando fome,
Pessoas doentes,
Pessoas que vivem em condições sub-humanas

Enquanto muitos tem a mesa farta,
Outros não tem o que comer durante todo o dia.
Enquanto há ladrões e políticos curruptos livres
Há pessoas nas ruas pedindo esmola para darem o que comer aos seus filhos,
e quando esses já não tem mais alternativa, roubam para se alimentarem,
mas estes ao contrário dos políticos e outros ladrões, são são presos...

Vivemos em um mundo de pessoas hipócritas que só se importam com si mesmos
Não se importam com um problema que é de todos nós
A pobreza e miséria estão por todos os lados,
Mas nos negamos a enchergar o que está debaixo de nossos próprios olhos...


By Bruna

Gritos e Lamentos - Antepassados


Os dias se vão... dia após dia...
Envolvidos em angústia, dor, solidão, mágoas...
No meio da noite escuto gritos desesperados
Que ecoam e penetram em minh'alma... eternamente.

Fruto de vidas angustiantes e lamentavéis
Vida cercada de ilusões
Vou trilhando meu caminho em meio a solidão
E seguindo meu destino...

Olho para o alto, e lá está a Lua
Que em horas me faz ter ilusões de guerras
Sangue jorrando cada vez mais
Me fazendo ter lembranças de outras gerações...

Foi aqui que me perdi
Cega pela luz da Lua - Tão bela e fascinante
Foi aqui também que me encontrei
E refletir sobre minha vida... e passado...

Ouço lamentações sussurradas de nossos antepassados
Voltando no tempo, apenas para saber onde foi o erro
Que desgraçou várias gerações, incluindo a minha
Sou a última de uma descendencia cercada por sangue inocente

Gritos de lamentos me perseguem a todo o momento
Vejo crianças ensanguentadas em cada esquina
Outras já sem vida...
Eu me culpo por um crime que não cometi

A Lua está descendo, anunciando assim o inicio de mais um dia
Eu acordo, deitada em minha cama
Meu quarto, que saudades...
Parece que vive anos longe de casa...

Não sei se fiz uma viagem astral
Ou se foi apenas mais um sonho
Mas estou em casa novamente,
Enfim...


By Bruna

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Crônica - A Tempestade (Últimos Suspiros)



Encolhido neste quarto vazio
O vento continuava a assoprar,
Aquelas velhas cortinas de um vermelho sangue
Paredes frias e escuras lhe atormentavam...

Aquelas palavras escritas em folhas velhas e sujas
Pareciam inundar todo o quarto
Eram frases, pensamentos, desejos, sentimentos insanos...
Palavras que escaparam de sua mente suja
Seus últimos suspiros lançados naquele papel sem vida...

Lá estava ele
Jogado no canto daquele quarto frio e úmido
Seu rosto possuía um semblante pálido e mortal
Tristeza e um vazio sem fim...

Enquanto as paredes daquele velho quarto velavam aquele corpo caído
Lá fora o céu estava coberto por núvéns acinzentadas
Um terrível inverno, despejava sobre o telhado uma chuva fina
Fazendo gelar o vento que adentrava ao quarto, congelando tudo o que havia dentro

E aquela chuva de inverno continuava a cair calmamente
E pouco tempo depois foi possível ver os primeiros raios luminosos
Através das núvens cinzas que ainda cobriam todo o céu
Anunciando assim, as primeias horas daquele dia...

Sentindo seu sangue circulando com mais facilidade
Ele então tenta se levantar
Seus ossos rangem e sua pele novamente vai ficando mais morna
Mas ele não resiste, e novamente cai naquele chão frio...

Não havia mais respiração naquele corpo que ali estava
Seu coração agora estava frio e paralisado
E naquele quarto, jogado em um canto jazia uma vida
Ele agora se foi para sempre...

A chuva agora estava mais violenta
E uma tempestade se aproximava...


By Bruna


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Crônica - "O Beijo da Morte"

A noite era silenciosa, e nem o vento frio assobiava como antigamente e tudo estava quieto e em um silêncio total. Lá fora apenas escuridão e frio...


Os latidos dos cachorros rompiam esse terrível silêncio e o relógio da vida estava naquele momento paralisado. A fumaça de seu velho cigarro era a sua única coisa que lhe tranquilizava e aquecia enquanto ele via a vida passando trancado naquele quarto sem poder fazer nada.



Aquele quarto cheio de lembranças ruins só lhe trazia mais dor e angústia. Ele sabia que o relógio da vida continuava seu curso, mas ele não fazia mais parte disso, ele sabe que está condenado a passar teus últimos dias trancado ali, dentro daquele quarto frio e úmido. Apenas ele e a solidão daquele quarto...



A dor dominava todo o seu corpo pálido e mortal, e as velhas lembrança de sua vida ainda lhe atormentavam e toda essa tortura estava acabando com ele. Enquanto isso, algo dentro dele grita querendo sair - Novamente...



Ele agora observava cada canto daquele quarto e já perdendo sua vida, ele via cenas de um passado triste e solitário, onde tudo o que vivera não era nada e ele lamentava por tantas vezes ter chorado e lamentado sozinho, uma vida onde não havia ninguém que quisesse escutá-lo e ajudá-lo.



Ele mordia os lábios, como se sentisse prazer em beber teu próprio sangue, mas ele sabia que isso era obra da fera feroz que habitava dentro dele, e que agora queria sua liberdade - mais uma vez. Aquele maldito a quem ele cupa por toda sua desgraça, motivo pelo qual ele estava ali, trancado dentro daquele quarto frio e solitário. Ele nunca quis fazer mal a ninguém, mas esta fera que habita dentro dele tem uma sede incontrolável de sangue e dor. A respiraçã dele estava ficando cada vez mais difícil, e já era possíel ver suas lágrimas escorrerem entre teus olhos cheios de dor. Ele continuava a lamentar sua maldita existência, enquanto ao fundo soava uma melodia fúnebre entoada ao piano...


Aquela melodia o remetia a tempos passados... Tempos este, que ele jamais queria voltar a lembrar, tempos de dor e angústia, e ele já não aguentava mais. E neste mesmo instante, seu corpo cai ao chão se contorcendo em dor. E no momento que ele cai, aquela coisa detestável e horrível consegue mais uma vez se libertar... Ele sucumbe, mas a fera renasce mais forte e vingativa...



O pobre homem procura pelo teu velho cigarro apagado, e neste momento, já sem forçar, fica paralisado, sabe que seu fim está próximo. E enquanto seu corpo se contorcia em dor naquele chão frio e imundo, ele espera ansioso pelo beijo da Morte...





By Bruna