segunda-feira, 29 de julho de 2013

O Poeta









Quem sou eu, se não o velho poeta
Brincando com as palavras
Unindo-as em forjadas estrofes
Lançando-as ao vento?

Canto o meu último lamento
Canto as minhas velhas lembranças
Canto a vida
Canto o amor

Quem sou eu, que ando nas sombras
Procurando meu romance gótico
Andando de mãos dadas com o acaso?

Quem sou eu, que escrevo sobre ilusões e realidade
Me perdendo entre elas
Sofrendo por cada uma delas?

Quem sou eu, que caminho sem destino
Vagando entre pessoas mortas em vida
Vivendo sem esperanças?

Quem sou eu, se não o poeta da vida?
Quem sou eu, se não aquele que ainda vive?
Quem sou eu, se não aquele que toca a alma com palavras?
Eu sou aquele que te faz viajar e se sentir protagonista de minhas histórias.

by Bruna M.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

A Dor da Partida


O que é a escuridão,
Se não a tua ausência, o teu amor, o teu carinho.
Fria é a saudade que sinto,
Por todos aqueles que partiram... pelo meu amor.

Nem de tristeza e nem de dor
O medo é aquele que me domina
Sonhos e fantasias são o que preenchem as lacunas
O vazio que habita dentro de mim

Meu maior erro foi amar o que jamais poderia ser amado
Minha terrível maldição é meu querer e meu amor por ti
Noites e noites que tentei me afastar
Fugir e te esquecer...
Você partiu sem ao menos se despedir

Terrível como o demônio, indomável e manipulador
Mas face de anjo... fragilidade, ternura e doçura

Tentei me proteger de você e todos eles
Mas esqueci aqueles que são os meus piores inimigos
A minha raiva, minha ira, meu ódio, meu rancor...
Eu sou a minha própria destruição

Quando eles me dominaram
Não havia mais amor ou dor
E quando tudo passou,
Restou apenas a tempestade dentro de mim
Tudo se transformou em trevas

De que adianta a eternidade
Se tudo o que eu desejo ficou no passado?
O passado é algo que jamais poderá ser mudado
A dor que agora me consome,
É descendente da raiva de não ter mudado o caminho

Agora, meu presente é dominado por trevas e solidão,
Preenchendo o lugar da eterna saudade do teu olhar.

by Bruna

Os Espinhos do Amor


Meu coração sangra amargamente
O veneno me entorpece lentamente
Queimando tudo por dentro
Meu doce prazer, me libertando

Meu coração ora bate acelerado, ora lentamente
O veneno está queimando em minhas veias
O amor está morrendo lentamente
Você está morrendo dentro de mim

Meu coração queima como as rosas
O espinho envenenado que você cravou em meu peito
Me beije, sinta o gosto amargo do seu veneno
Você deveria estar aqui agora, morrendo comigo

Eu viajei silenciosamente pela escuridão
Presa a todos os meus medos
Carregando uma tempestade de sentimentos
Matando todos os meus sonhos

Longe de alegrias, liberta em desejos
Presa em ilusões, perto das fantasias
Malditos olhos negros que me enfeitiçaram
Maldito seja aquele que me feriu mortalmente

Perdida em caminhos dentro de mim
Labirintos dentro de labirintos
Minh'alma canta em desespero e agonia
Presa e sem destino

Me afogo em meu inferno interior
Mergulhada em minhas próprias lágrimas
A dor que hoje me consome não é a mesma de ontem
Meu coração sangra, ferido mortalmente por você

Você é o meu veneno, minha rosa de espinhos
Você é a minha morte e eu sou a teu pior pesadelo
Porque eu continuo perdida e morrendo
Mas minha voz ecoará eternamente
Dentro de tua mente...

by Bruna M.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Tempo de Libertação


[Ela]
"Oh meu anjo, quanto tempo se passou desde a última vez
Completamente atordoada pela angústia e dor
O romance do passado, jamais esquecido entre lembranças
Um oceano de lágrimas em mais um anoitecer solitário"

[Ele]
"Oh querida, tu fostes e sempre serás
Meu tormento em dias de tempestade e lamúria
A sombra que me cerca todas as noites
Minha eterna paixão em todos este longos anos
Retorne para o nosso lar...
Minha luz"

[Ela]
"Eu caminho sobre esta terra de pecados
Uma patética visão do passado e futuro, unidos em um só
Um presente marcado pelo passado e ameaçando todo o futuro
Em dor e remorso... esperando o crepúsculo

Eu matei a sanidade que havia em mim
E também matei a dor e o remorso que haviam aqui dentro
Longos anos de dor e remorso por nada
Carregando uma culpa que não era minha e afundando nela

Abandonei a luz e abracei a escuridão
Estive cega por tanto tempo... mas faz tanto tempo
Vi minha tristeza se transformar em angústia e remorso
Me vi odiando a mim mesma

Eu lamento as noites em claro e cada sentimento de culpa
Eu lamento o ódio que senti por mim mesma
Eu lamento o amor e o ódio que eu nutri por você todos esses anos
Eu lamento os dias e as noite em pensamentos ligados a você"

[Ele]
Silêncio...
"Me perdoe..."

Silêncio...
"Oh minha doce e terna... minha querida,
Me perdoe, sem você não sou nada
Me perdoe toda a dor que lhe causei
Me perdoe por não lhe dar o amor que você merecia
Me perdoe a prisão em que lhe prendi por todos estes anos
Volte, volte para mim... tudo será diferente desta vez"

[Ela]
"Tarde demais para pedir perdão e tarde demais para querer mudar
Fácil para quem não sofreu e passou pelo que eu passei
Fácil para quem não tem que conviver com todos os pesadelos
Fácil para quem não ficou com marcas

Mas hoje ire me permitir a libertação depois de todos estes anos
Livre de toda a submissão
Livre de todo o feitiço
Livre da dor e do remorso
Livre daquilo que me fez tanto mal
Livre de todas as tuas lembranças
Livre de você, meu Anjo Decaído..."

Minha tempestade de inverno...

by Bruna M.